Dia do cabelo maluco: animais vivos e cola permanente preocupam; saiba o que vai bem e o que pode dar ruim
10/10/2025
(Foto: Reprodução) Escolas organizam o dia do cabelo maluco
O "Dia do Cabelo Maluco" já é uma data muito esperada pelas crianças, e os pais se desdobram na criatividade para entregar uma transformação divertida para os pequenos. Mas, pelo que tem sido visto nas redes sociais, alguns ultrapassam limites de segurança e podem colocar as crianças em risco.
Tinta inadequada, cola permanente, objetos potencialmente perigosos e até animais vivos são alguns dos principais perigos que estão sendo inseridos no que deveria ser uma brincadeira segura.
"É para ser uma atividade recreativa, a criança se diverte, mas há uma preocupação prática sobre os produtos que estão sendo utilizados", explica Jandrei Markus, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
'Cabelo maluco' com animais vivos e colas permanentes são um risco para as crianças, alerta especialista.
Reprodução/Redes sociais
Para o especialista, a popularização da brincadeira nos últimos anos tem impulsionado a criatividade de alguns pais, que acabam ignorando riscos potenciais para os pequenos.
Alguns produtos podem causar irritações e reações alérgicas, especialmente em quem já tem histórico de doenças respiratórias, então é importante estar atento a isso. Muitas tintas não foram feitas para entrar em contato com a pele ou com o couro cabeludo de crianças, que têm a pele mais sensível, portanto também devem ser evitadas.
É preciso dar atenção aos componentes dos produtos utilizados, que podem conter químicos, metais pesados, substâncias inflamáveis ou tóxicas, que não devem ser utilizados.
Há risco também no uso de palitos e outros objetos pontiagudos, objetos pesados ou muito pequenos, que podem acabar sendo broncoaspirados pelas crianças.
"Usar animais também não! Até fica bonitinho, mas pode colocar em risco a segurança dos bichinhos e da própria criança. Os bichos podem transmitir uma infecção, provocar reação alérgica e até algo mais grave", alerta o especialista.
Cuidado também na remoção
Outro aspecto que deve ser considerado pelos pais é a remoção dos produtos e objetos após a brincadeira. O médico da Sociedade Brasileira de Pediatria dá algumas recomendações:
Não deixar os produtos na pele da criança por muito tempo.
Fazer a remoção adequada antes de dormir.
Usar produtos seguros durante a remoção.
É preciso dar atenção a objetos possivelmente cortantes ou fixados de maneira inadequada, que podem causar incômodos ou ferimentos.
"Jamais devem usar também colas permanentes ou industriais. E é importante utilizar xampu e sabonete que sejam adequados para a idade da criança, preferencialmente à base de água", reforça o especialista.
A brincadeira ainda pode e deve acontecer, mas não às custas da segurança das crianças.
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